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LabHab e INCT Produção da Casa e da Cidade no XXI ENANPUR

Edição de Maio/2025

EDIÇÃO NÚMERO #16 • 03/06/2025

LabHab e INCT Produção da Casa e da Cidade no XXI ENANPUR

Na ocasião do XXI ENANPUR, que reuniu mais de 2.000 pesquisadoras e pesquisadores em Curitiba/PR, entre os dias 17 e 23 de maio, o LabHab e a rede do INCT Produção da Casa e da Cidade marcaram sua presença com a participação em 10 Sessões Livres, com a apresentação de 27 trabalhos em Sessões Temáticas e 5 pesquisas no Seminário de Teses. Foi um momento único para debater suas produções com especialistas do Planejamento Urbano e Regional, mas também para avançar nas articulações e pontes entre grupos de pesquisa.

O desejo de integrar trabalhos em andamento e unir esforços na produção de conhecimento científico aplicado ficou evidente, em especial durante a condução da Sessão Livre “A produção da casa e da cidade no Brasil contemporâneo”. Esta, que reuniu pesquisadores de instituições e localidades distintas – São Paulo, Belém, Santo André e Recife –, vinculados não apenas ao INCT Produção da Casa e da Cidade, mas também a outros grupos de pesquisa, como INCT LabPlan, CEFAVELA e INCT Observatório das Metrópoles –, lançou luz sobre a constante necessidade de atualização teórica e metodológica para compreensão e incidência sobre o Brasil urbano.

Articulados pelo diagnóstico de que, apesar de a expansão urbana associada à industrialização, predominante no Sudeste, ter resultado em cidades marcadas por baixos salários e assentamentos precários, outras regiões, especialmente as atuais novas frentes agrícolas e a Amazônia, seguem trajetórias distintas, atravessadas por processos de espoliação, extrativismo e reconfiguração produtiva. Tais dinâmicas exigem novos marcos analíticos que considerem a diversidade territorial brasileira.

A reestruturação econômica, marcada pela financeirização, flexibilização trabalhista e avanço da economia de plataformas, acentuou a precarização do trabalho e a informalidade urbana. Ao mesmo tempo, a revolução digital reposicionou as cidades na produção de conhecimento e inovação, ampliando desigualdades entre centros e periferias.

As favelas e assentamentos informais, historicamente marginalizados, tornaram-se componentes estruturais do espaço urbano, cuja compreensão demanda abordagens críticas, interdisciplinares e sensíveis às múltiplas escalas do urbano. A leitura dessas realidades deve ir além das carências materiais, incorporando suas dinâmicas socioambientais e sua centralidade na configuração das cidades.

Diante desse cenário, impõe-se a construção de uma nova gramática do urbano, capaz de dialogar com as complexidades contemporâneas e orientar políticas públicas mais justas e eficazes. Que a memória do líder progressista Pepe Mujica, que nos deixou este mês, inspire a todos os acadêmicos militantes na promoção de políticas progressistas e na luta por direitos sociais, a partir da adequada e sensível compreensão dos fenômenos socioambientais em curso.

São Paulo, maio de 2025.

Comitê Gestor do INCT Produção da Casa e da Cidade

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